Page 8 - O Informativo - Setembro 2016

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REVISTA ACIMM
- Edição 229
O fino da viola caipira há 12 anos
Orquestra Mojimiriana de Viola Caipira
completou no mês de agosto 12 anos de
existência e muito sucesso. Em agosto de
2004, o maestro da Orquestra Paulistana
de Viola Caipira – Rui Torneze – a convite
de Edson Simono, Gentil Furlan e ex-
viceprefeito Massao Hito – passou uma
semana no Centro Cultural fazendo
um “Workshop” ensinando ritmos
básicos da viola, na ocasião teve muitos
interessados, foi durante essas aulas que
surgiu a ideia de criar a Orquestra. Desde
então vem colecionando sucesso por
onde passa.
O grupo é constituído por violeiros (solo
e base), cantores e percussionista. Além
dos que atuam nas apresentações da
orquestra, ela recebe novos integrantes
que aprendem as técnicas necessárias
para ter também sua participação. No
início eram 35 integrantes, mas agora
20 fazem do grupo um referencial de boa
música.
Há 2 anos conta com a regência do
maestro Thiago Paccola (integrante há
6 anos) – formado no 3º ciclo da EMESP
(ULM) em viola caipira e cursando o
4º ciclo – prática avançada, além de
bacharelado e licenciatura em música
– viola caipira na Faculdade Cantareira.
Recentemente, ele lançou um trabalho
solo com o sanfoneiro Joacir Fiori.
A Orquestra se apresenta aonde
for requisitada. Geralmente eventos
públicos, em aniversários de cidades,
Notícia
mas também tocam em eventos
fechados, como na ACIMM, no Clube
Mogiano e Centros Culturais, aniversários
e festas de casamentos. O grupo já se
apresentou para a Secretaria da Cultura
do Estado de SP, em evento direcionado
a professores. Desde o ano passado, os
violeiros decidiram fazer mais filantropia,
tocando em abrigos para idosos.
Os ensaios são feitos no salão de festa
da igreja Santa Cruz, e não precisam
pagar aluguel, mesmo assim a despesa
mensal gira em torno de R$ 800. O custo
é com o maestro que recebe pelas aulas
e com material de estudo. O custeio da
orquestra vem dos próprios violeiros, já
que cada integrante colabora com R$
40 mensais. Outra fonte de renda são os
cachês das apresentações.
Segundo Carlos Alberto de Campos
Júnior, o Carlos da Viola, a orquestra
poderá ter mais integrantes. “Podemos
termuitosmais violeiros. Estamos sempre
abertos a ensinar quem se interessar; um
colega nosso é que dá as aulas, quando
montado um grupo de novos integrantes.
Durante quase um ano ele ensina todos
os ritmos que a orquestra toca e quando
finaliza este aprendizado passam a fazer
parte das apresentações”, disse.
O grupo não esperava chegar tão
longe, pois não tinha como prever que
chegariam a mais de dez anos tocando
e ensinando viola. “Passamos por
muitas turbulências, discussão entre
integrantes, falta de dinheiro, falta de
lugar para ensaiar, falta de incentivo
público, mas estamos aí, muito mais
fortes após esses percalços. Como
entidade constituída, CNPJ, Estatuto e
Regimento Interno”, apontou o solista e
tesoureiro da orquestra.
Segundo o integrante da orquestra,
apesar de todo sucesso que os violeiros
fazem dentro e fora do município, ainda
tem muita gente em Mogi Mirim que não
conhece a Orquestra e fica admirada
quando assiste a uma apresentação.
“Não é por falta de apresentação ou
reportagens que já saíram a nosso
respeito, falta ainda este reconhecimento
do município, apoio de um bem cultural
tão grande” lamentou Carlos da Viola.
A viola foi o primeiro instrumento
vindo ao Brasil, tem uma cultura muito
forte, tem muita história e hoje em dia
está mais em evidência do que nunca,
haja vista a quantidade de orquestras de
violas no estado.
Nestes 12 anos de carreira foram
muitos os momentos especiais, mas a
Festa de Peão de Barretos de 2008 foi
a mais marcante, já que o evento tem
fama internacional. A orquestra também
conheceu muitas cidades e pessoas
incríveis. Tocaram em Nova Odessa,
Pirassununga, Marília, Jandira, Capivari,
São João da Boa Vista, Águas da Prata,
Bragança Paulista, Paulínia, Amparo
dentre outras.