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REVISTA ACIMM
- Edição 227
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Notícia
Chega ao fim a Genário
Sorvetes
Dia 25 de maio, 22h45: terminava ali a
trajetória da mais tradicional sorveteria
de Mogi Mirim. Depois de 93 anos de
história a Genário Sorveteria fechou as
portas, mas deixou uma doce história
na vida de milhares de mogimirianos.
Os sorvetes de massa e a vaca preta
embalaram muitos namoros e alegraram
famílias inteiras.
Dona da fórmula do tradicional sorvete
artesanalcomsabordiferenciado,afamília
Botelho mantinha até o fechamento a
mesma qualidade, um segredo de família
que durou três gerações. A boa notícia é
que a desativação poderá ser temporária
e a quarta geração poderá abrir uma
unidade em Campinas ou São Paulo.
Carlos Roberto Botelho, filho de
Genário não esconde a tristeza em fechar
a sorveteria que marcou época na cidade
e atraia até pessoas de outras cidades.
No entanto, o fechamento já fazia parte
dos planos. A crise financeira só acelerou
a iniciativa da família Botelho em deixar
o mercado.
“Tudo foi muito pensado. Eu, meus dois
filhos e minha esposa discutimos isso
muitas vezes antes de tomar a decisão”,
disse Roberto, ao lembrar tudo o que a
sorveteria representa para a história da
cidade. O proprietário também lembrou
que com o fechamento da sorveteria
ele aproveitará mais a vida, já que nos
últimos 25 anos destinou todos seus dias
ao negócio que herdou dos pais.
O anúncio do fechamento da Genário
Sorveteria pelas redes sociais não só
desencadeou uma série demanifestações
como fez com que o movimento do
estabelecimento fosse alterado e todo
planejamento da família para os últimos
dias de funcionamento também. Tanto
que as vendas cresceram de cinco a seis
vezes mais para essa época do ano.
A sorveteria nasceu em 1923 sob a
batuta de José Maria Botelho com o nome
de “Sorveteria São José” e ficava ao lado
da antiga igreja de São José, mas acabou
ganhando uma nova instalação onde
funcionava até hoje. Décadas depois,
por sugestão do próprio filho, o nome
passou a ser “Sorveteria do Genário”.
Hoje “Genário Sorvetes” se transformou
em uma grife com direito a registro de
marca e patente.
Nem mesmo as receitas escaparam de
registro e deverão ser resgatadas, caso a
família Botelho decida colocar em prática
a reabertura de uma sorveteria no futuro.
“Não sabemos se isso ocorrerá mesmo,
mas se meus filhos quiserem, eles já têm
tudo bem encaminhado”, disse.
Maria Amélia Alvarenga, 88
anos, é uma saudosista quando
o assunto é a Sorveteria do
Genário.
Amiga
da
família
Botelho, ela muitas vezes ajudou
na confecção dos sorvetes
comercializados no local.
Segundo conta, ela e Eunice
(esposa de Genário) picavam as
frutas que eram utilizadas na
confecção dos sorvetes. Lúcida,
Amélia conta que também se
lembra dos enfeites que ajudou
a promover na sorveteria para o
fim do ano.
Ela lamentou o fechamento
da sorveteria, palco de tantos
momentos felizes no passado.
Para ela, mais que a receita de
família, os sorvetes do Genário
tinham amor na alquimia nunca
revelada. “Aquilo era a paixão da
Nice”, disse. Maria faleceu no dia
4 de julho.
“Fórmula dos sorvetes
tinha amor”, diz Amélia
Sala de descanso e estudo
na ACIMM
Prédio da ACIMM passa por
alterações de segurança
A Associação Comercial e Industrial
(ACIMM) está promovendo uma série
de alterações na sede para oferecer
cada vez mais segurança aos usuários.
Uma vistoria promovida pelo corpo de
bombeiros, realizada no mês de janeiro,
apontou alterações pontuais que estão
em curso.
Durante a vistoria foram apontadas a
adequação ao projeto original, a alteração
nos guarda-corpos, nos corrimãos, além
da atualização da planta central de gás
liquefeito de petróleo (GLP) e a aplicação
de verniz antichamas no forro emmadeira.
Segundo a gerente da associação,
Adriana Guidotti, em breve as obras
estarão concluídas. Adriana também
comentou que a adequação ao projeto
AatualdiretoriadaAssociaçãoComercial
e Industrial (ACIMM) implantou em suas
instalações um espaço destinado aos
funcionários que pode ser utilizado para
estudo ou descanso durante o intervalo.
Com o remanejamento do Departamento
Comercial para o pavimento superior do
prédio, a antiga sala foi transformada em
um espaço com dois ambientes.
Em um deles o funcionário pode
aproveitar o horário de almoço para
estudar, já que vários deles ainda estão
frequentando universidades e aproveitam
visa a dar à estrutura facilidade para rotas
de fuga, que hoje, está prejudicada com
alterações promovidas anteriormente.
Já as saídas de emergência, acessos
apresentavam portas de saída de
emergência de edificação do (Grupo F)
com capacidade acima de 100 pessoas
sem barra antipânico.
Já no caso dos guarda-corpos, as
alturas das guardas de patamar, corredor,
mezanino ou similares eram inferiores a
1,05 metro, além de aberturas superiores
a 15 centímetros de diâmetro nas guardas
vazadas.
De acordo com a gerente, os corrimãos
não estavam instalados entre 80 e 92 cm
de altura e a escada tem largura superior a
2,20 e estava sem corrimão intermediário.
o intervalo para rever matérias. No mesmo
espaço, uma televisão e sofás podem
servir para que os mesmos funcionários
assistam a palestras motivacionais.
A iniciativa de tornar o local uma
sala com tais finalidades foi do próprio
Sidney Coser, que não achava justo os
funcionários terem de adaptar locais para
os estudos ou mesmo para aguardar o
retorno às atividades de forma precária.
“Acho que isso foi um avanço e uma forma
de valorizar aqueles que movimentam a
nossa Associação”, disse.
Forro de madeira terá verniz anti-chamas
Guarda corpos ganham mais altura
Foto: Silveira Júnior / Jornal O Impacto
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